Nesse feriado estive em uma cidade que eu adoro, na casa de uma amiga do coração - irmãzona da vida! Estive na casa da Flávia, mais conhecida como Kate (de Kate Marrone mesmo).
Eu e Kate nos falamos todosantodia, via msn, facebook e às vezes telefone, sms e por aí afora. Somos amigas há uns 10 anos, mais ou menos, e, mesmo com quase 150 km de distância entre a gente sabemos tudo sobre a vida uma da outra. Contamos tudinho, além de refletirmos juntas sobre nossos relacionamentos amorosos, vidas profissionais, famílias, amigos, mundo, política, música etc.Como é bom!
Mas melhor ainda é, mesmo com o tempo apertadinho, a gente se encontrar e papear sem ver o tempo passar, olhando uma para a outra, indo das gargalhadas à nostalgia em segundos.
Cheguei na quarta à noite na cidade fofa e acolhedora de Cordeirópolis. Cheguei na casa dela e, de repente, a tia Tiana, mãe da Kate, acorda e vai me dar um abraço daqueles! - apertadinho, com perfume de mãe, cheio de sinceridade e carinho.
Depois tomamos um lanchão de dar água na boca e rimos à beça das fofuras da Tia Tiana e do amigo fofíssimo dela, o Elder (que ela chama de tio Elder).
Nos arrumamos e fomos pro samba brindar mais um ano de vida com os outros amigos dela. Fomos pra Araras, que é muito perto de Cordeirópolis. Lugar bacana, de gente engraçada. Foi uma noite e tanto! Na volta paramos no posto e comemos papeando sobre a noite.
Dia seguinte acordei com a ansiedade de ver o campo de girassol - na cidade tem um bairro chamado Cascalho e nele há um campo de girassol indescritível de enorme e lindo.
Toda vez que vou pra cidade ela me leva pra ver o campo, onde é impossível não se encantar com a beleza e com a paz daquele lugar.
Tia Tiana, ao ouvir sobre minha ansiedade disparou: "o campo não vai sair de lá, voltem a dormir porque com essa chuva...". Rimos muito e ela "racha o bico" junto porque tem consciência de que é muito fofa e engraçada. E fizemos isso mesmo: voltamos a dormir.
Mais tarde saímos com o Elder e a amiga Roberta. Paramos num bar depois de rodar e rodar e rodar. Tomamos cervejinha, falamos sobre futuro, pais, filhos, namoros etc.
Ah, detalhe: nesse feriado estava acontecendo a quermesse de Santo Antonio. Uma comidinha melhor do que a outra e vinho quente no ponto! Além da quermesse rolou show do Biquini Cavadão.
Bom, saímos do bar, passamos na quermesse pra comprar fichas e vinho quente e seguimos pra casa da Kate pra trocar de roupa e voltar praça - onde estavam a quermesse e o show.
Voltamos, comemos, bebemos e cantamos com o Bruno - Flávia não cantou taaanto assim porque a prosa tava boa e longa com o povo da cidade.
Mais vinho, mais risada, mais prosa e depois do show fomos para um bar e conversamos, refletimos, planejamos, questionamos... a vida.
É que quando eu paro pra pensar no quanto estar com pessoas amigas é bom, com chuva, sol, café quentinho, cerveja ou vinho, sinto um privilégio sem tamanho. Eu tenho essa sorte. A sorte de ter amigos fundamentais e em cantos do País (e até fora dele) que me proporcionam conhecer campos de girassol, quermesses inocentes, pessoas genuinamente engraçadas... tenho a sorte de ter uma amiga que se chama Flávia, que senta comigo na sarjeta pra dividir a cerveja, que reflete sobre a vida escorada no muro do botequinho, que me faz café, que me serve quitutes, que me ouve, me entende e que se abre... que me conta situações, pensamento e sentimentos e em seguida me pergunta: "você já passou por isso?" E quando eu digo "claro que sim", ela dá risada aliviada e diz "nossa, então eu sou normal".
Dessa vez conheci a nova agência de propaganda em que ela é sócia (aliás, Kate é uma publicitária criativa de mão mais que cheia!). A sala dela é incrível e a "cara dela": com o Elvis pendurado, potinhos de incenso e miniaturas coloridas. Ouvimos um pouco de Pearl Jam, discutimos o pop e o rock do Biquini Cavadão, o rock do Elvis (que ela ama de paixão), o estilo do Radiohead, falamos (e rachamos de rir) no telefone com nosso amigo queridíssimo e xaropeta Ciro José (que está no Pará ganhando a vida na labuta), tomamos café, demos umas risadas, ela finalizou uns trabalhos e saímos.
Agora é hora de voltar porque um certo dever me chama. Outros amigos também chamam, com programinhas e papos pra lá de delícia.
Mas o tempo em que fiquei aqui foi acolhedor... um descanso pro corpo, um super carinho pra alma e uma vivência cheia de informação e reflexão.
Amo minha irmã, amo dividir com ela, amo a companhia dela, amo a mãe dela, amo os girassóis... amo nossos papos e a fé que temos na vida, nas pessoas... amo o quanto somos sonhadoras de um mundo melhor, mas dessa vez estamos muito mais mulheres "pé no chão" do que nunca e em busca semelhantes de autoconhecimento.
Até a próxima Cordeirópolis! Até amanhã (no telefone), Kate!
Campo de girassol, em Cascalho
Campo de girassol, em Cascalho
Noite do show, no feriado