quarta-feira, 13 de junho de 2012

AMIZADE: Uma centelha divina

Hoje almocei com uma amiga minha muito querida. Aliás, querida é até pouco. Eu e Michelle, a Tchella, somos aquele tipo de amigas que quando uma está falando e antes mesmo de perguntar "entende?", a outra já diz adiantado que entende, que é igual, que faz igual, e já relata toda a linha de raciocínio dentro daquela mesma situação. A gente se entende porque admitimos todo nosso lado humano da forma mais rasgada, sem pudor, sem vergonha, sem dedos, sem medo de julgamentos, sem medo de qualquer crítica - mesmo quando a gente se critica. Porque até quando a gente se critica somos humanas em entender o que machuca na outra, então sabemos naturalmente falar docemente e sem a necessidade de dedos e polidez. Somos tão francas uma com a outra, que na maioria das vezes soltamos a frase "é, a gente é muito igual nisso mesmo".

Já seguramos muito a barra uma da outra. Sempre, a qualquer hora, os ombros estão prontos, as palavras mais doces a postos, a sinceridade está a ponto de bala, os ouvidos estão sem limite de tempo para receber todo e qualquer tipo de história e o coração aberto para perceber e entender.

Se deixar somos capazes de passar horas refletindo sobre a vida, sem querer uma mostrar para a outra o que pensa e o que faz na intenção de dar qualquer lição Não precisamos disso: de dar lições. A gente simplesmente fica imergindo em situações, em assuntos, em lembranças, em comportamentos, em crenças, em verdades, em mentiras, em tabus, em sensações, em sentimentos, em vivências...então a gente compartilha, troca e entende, coincide.

Almoçamos no japa de sempre e depois ficamos mais de duas horas conversando ininterruptamente.

Ela está estudando muito pra passar na residência e sei que esses encontros são preciosos, apesar de nos falarmos praticamente todos os dias no telefone.

O que me deixa mais feliz é saber que isso é pra sempre, porque a Tchella é uma irmã. Sou filha única e sei que tenho a sorte de escolher alguns irmãos ao longo da vida, como ela, Gabriele, Flávia, Thamara, Juliana,Thiago... São amigos-confiança. Amigos que a confiança não se limita a um segredinho compartilhado.

Hoje, quando estava conversando com a Tchella, fiquei pensando o quanto sou privilegiada por tê-la como minha amiga-irmã, minha amiga confiança, minha amiga cúmplice. O quanto a amizade é uma centelha divina, é um presente, é um bálsamo para a alma, um abraço para o coração, uma segurança bônus que a vida oferece.

Sou sortuda e quero manter isso em minha vida. Sou sortuda e quero plantar no mundo semente de amor, de franqueza, de luz e de amizade.

Que cada laço de amizade se reforce. Que os laços de confiança nunca se desfaçam. Que a cumplicidade nunca se perca. Que esses laços fraternos se multipliquem no mundo e que amizades sejam construídas e perpetuadas em valores óbvios, porém primordiais.

Amém.



terça-feira, 12 de junho de 2012

Uma iniciativa do bem e para o bem > Movimento inspirado no Occupay alia financiamento colaborativo e redes sociais para produzir um filme e salvar um zoológico

Hoje vou falar aqui de uma iniciativa linda, que eu gostaria que lessem com carinho e atenção >

Inspirado no quadro Proteste Já do programa CQC da Band e no movimento global Occupy, está sendo produzido sob direção da Rede dos Amigos dos Animais Confinados no Zoo de Varginha/MG o filme ACAMPAY, que vai contar os bastidores da articulação entre a sociedade varginhense e a Prefeitura de Varginha (MG) para acelerar a finalização da reforma no Zoo da cidade – interditado por  determinação do IBAMA e da Advocacia Geral da União(AGU) – com prazo para conclusão no dia 20 de junho/12.
  
A iniciativa da Rede, que em março desse ano fez uma ocupação em frente ao Zoo por 24h, deve-se às condições em que os animais do zoológico de Varginha se encontram. Muitos deles em confinamentos inadequados, como felinos de grande porte em espaços menores do que a sala de um apartamento, sem área verde ou qualquer elemento e/ou cenário que remeta ao seu habitat natural.

Com a proposta de viabilizar o filme e movimentar os envolvidos, bem como a sociedade de um modo geral, o grupo recorreu a um formato de investimento já bastante conhecido e difundido entre instituições e pessoas físicas: o financiamento colaboratvo.
O orçamento do filme com diárias de cinegrafistas, deslocamentos, equipamentos, entre outros, totaliza em R$ 4.900,00 e o objetivo é finalizar a produção com a ajuda de pessoas que acreditam tanto na idéia da transformação de uma situação quanto na força da união por meio das redes sociais.

Com o prazo há doze dias do término para a viabilização do filme pouco mais de R$1.000,00 já foram financiados pela Internet.
Ainda falta uma boa parte, que pode ser conquistada da seguinte forma: o internautaacessa o site www.acampay.com.br, clica no botão “Quero Apoiar Este Projeto” e escolhe a quantia que vai investir a partir de R$ 20,00.
Como na essência do financiamento coletivo existe a troca e a colaboração, para cada margem de investimento, o apoiador receberá recompensas proporcionais, como nome nos créditos do filme, camiseta do ACAMPAY, visita guiada ao Zoo, convite para a sessão de estréia em Varginha, entre outras vantagens.
O investidor poderá optar pelo anonimato, ajudando a viabilização do projeto sem ser identificado.
Caso a quantia não atinja o valor total até o final do prazo, os apoiadores receberá de volta 100% do dinheiro investido por meio de um estorno no cartão de crédito ou depósito bancário! A ação é inovadora porque requer a colaboração dos cidadãos para a viabilização do filme. Caso isto não aconteça, ninguém perde nada por ter acreditado no projeto.
O uso deste sistema de captação de recursos, é seguro e utiliza-se das plataformas PayPal e MoIP - reconhecidas internacionalmente pela confiabilidade de seus sistemas de transações comerciais pela Internet.

A planilha detalhada de custos do filme Acampay encontra-se disponível para consulta na mesma página.

Esse texto está sendo trabalhado como release para a imprensa. Quem se interessar e quiser ajudar de alguma forma procure a fan page do blog (http://www.facebook.com/praissoviraraquilo) que eu encaminho ao responsável, o Diego.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Tecendo o novo caminho. Despertando para o novo ciclo

Um novo ciclo está começando. Dizem que um novo ciclo no MUNDO está começando. Isso, sinceramente, eu não sei e não entendo nada a respeito. Eu sei o que está acontecendo aqui dentro desse mundo, que sou eu inteira - da cabeça aos pés, do coração aos insanos e infinitos pensamentos.

O ciclo que se inicia em minha vida tem tudo a ver com CONTRIBUIÇÃO e FRANQUEZA. 

Quero contribuir comigo mesma e com o mundo. Comigo mesma porque vou contribuir para meu plano da felicidade. Estou tecendo com muito carinho e grande dedicação. Com o mundo porque desejo fazer o que mais amo servindo o mundo - não tenho mais a ilusão de mudar o mundo em toda sua esfera. Claro que não! Mas tenho vontade de alcançar quem eu preciso que seja alcançado e provocar novas e positivas sensações e construções.

Quero ser franca comigo mesma fazendo o que eu amo e não mais o que sempre acreditei que fosse o certo. Não me arrependo de nada, de nem um tijolo colocado, de nenhuma semente plantada. Tudo o que teve boa intenção gerou uma luzinha e um passo para meu crescimento (espiritual, emocional, intelectual). Mas hoje eu enxergo que aquilo que me faz feliz é o que eu menos faço, menos realizo. Eu amo escrever, eu amo propagar por meio das palavras escritas. E o caminho começa a ser percorrido, sem muita pressa, com os pés fincados no chão, com a cabeça sendo vigiada e com o coração sendo acarinhado, respeitado, com o corpo leve e confiante, com fé.
Quero ser franca com o mundo, porque eu me relaciono com o mundo. O que eu busco nas minhas relações com o meio, com as pessoas, com os amigos, com o namorado, com a família, com os colegas e parceiros de trabalho? Eu busco sinceridade, franqueza, olho no olho, química, troca, amizade, parceria, amor, compartilhamento, respeito, lealdade, fidelidade. E só pode me oferecer isso quem está no mesmo movimento. Não quero ser perfeita (não mais, já tive essa pobre intenção). Quem me conhece sabe bem que meu gênio é quentinho, quentinho, igual pimenta malagueta. Quem me conhece sabe que me doo, que estou sempre com os braços abertos, o colo disponível, os ouvidos pra lá de atentos e com o coração pronto para as mais duras e doces palavras. E quem me conhece, sabe ainda, que basta uma mentira, uma deslealdade, uma injustiça ou algo sair errado pra eu explodir e me enfurecer. Não, mas esse movimento se transformou, essa posição dentro da vida está em transição. Como estou contente por isso! Estou buscando a canalização e o direcionamento da raiva, da indignação, do enfurecimento. Aceito sentir isso, mas vou transformar todos esses sentimentos em produção e saúde. Estou no treino, na busca e no caminho. 

Por isso eu digo > não quero ser perfeita. Quero somente ser aquilo que eu sou INTEGRALMENTE. Quero ser aquilo que eu acredito, confio, amo e busco, sem viver o que alguma crença mal resolvida manda eu viver.

A franqueza das relações está aí e a leveza de corpo, mente, coração e espírito são indescritíveis.

Amo tanto a minha história de vida e a coleção que tenho guardada na memória, nas conversas, nas fotos, nos presentes, nas músicas, nas caixas de cartas e de e-mail... amo tudo isso. E por amar tanto assim, sempre tive medo de crescer. Poxa, sou uma mulher hoje com 31 anos, pronta pra contribuir e construir e amar e doar e receber mais e mais e mais. Medo de crescer? Ele acabou. Ele ficou pra trás. Daqui pra frente vou voltar a colocar pra mim e para o mundo aquilo que existe de mais puro, de mais Karina Oliveira Landi.

Menos excesso, mais franqueza, mais fluidez, mair amor, mais parceria, mais cor, mais flor, mais doce, mais luz, mais fé, mais Deus, mais família, mais amigos do peito, mais amor pra vida toda, mais construção, mais rocha, mais mar, mais oliveira, mais eu. 


sexta-feira, 8 de junho de 2012

Proseando a vida com Kate na cidade do Girassol

Nesse feriado estive em uma cidade que eu adoro, na casa de uma amiga do coração - irmãzona da vida! Estive na casa da Flávia, mais conhecida como Kate (de Kate Marrone mesmo).

Eu e Kate nos falamos todosantodia, via msn, facebook e às vezes telefone, sms e por aí afora. Somos amigas há uns 10 anos, mais ou menos, e, mesmo com quase 150 km de distância entre a gente sabemos tudo sobre a vida uma da outra. Contamos tudinho, além de refletirmos juntas sobre nossos relacionamentos amorosos, vidas profissionais, famílias, amigos, mundo, política, música etc.Como é bom!
Mas melhor ainda é, mesmo com o tempo apertadinho, a gente se encontrar e papear sem ver o tempo passar, olhando uma para a outra, indo das gargalhadas à nostalgia em segundos.

Cheguei na quarta à noite na cidade fofa e acolhedora de Cordeirópolis. Cheguei na casa dela e, de repente, a tia Tiana, mãe da Kate, acorda e vai me dar um abraço daqueles! - apertadinho, com perfume de mãe, cheio de sinceridade e carinho.
Depois tomamos um lanchão de dar água na boca e rimos à beça das fofuras da Tia Tiana e do amigo fofíssimo dela, o Elder (que ela chama de tio Elder).
Nos arrumamos e fomos pro samba brindar mais um ano de vida com os outros amigos dela. Fomos pra Araras, que é muito perto de Cordeirópolis. Lugar bacana, de gente engraçada. Foi uma noite e tanto! Na volta paramos no posto e comemos papeando sobre a noite.

Dia seguinte acordei com a ansiedade de ver o campo de girassol - na cidade tem um bairro chamado Cascalho e nele há um campo de girassol indescritível de enorme e lindo.
Toda vez que vou pra cidade ela me leva pra ver o campo, onde é impossível não se encantar com a beleza e com a paz daquele lugar.
Tia Tiana, ao ouvir sobre minha ansiedade disparou: "o campo não vai sair de lá, voltem a dormir porque com essa chuva...". Rimos muito e ela "racha o bico" junto porque tem consciência de que é muito fofa e engraçada. E fizemos isso mesmo: voltamos a dormir.
Mais tarde saímos com o Elder e a amiga Roberta. Paramos num bar depois de rodar e rodar e rodar. Tomamos cervejinha, falamos sobre futuro, pais, filhos, namoros etc.
Ah, detalhe: nesse feriado estava acontecendo a quermesse de Santo Antonio. Uma comidinha melhor do que a outra e vinho quente no ponto! Além da quermesse rolou show do Biquini Cavadão.

Bom, saímos do bar, passamos na quermesse pra comprar fichas e vinho quente e seguimos pra casa da Kate pra trocar de roupa e voltar praça - onde estavam a quermesse e o show.
Voltamos, comemos, bebemos e cantamos com o Bruno - Flávia não cantou taaanto assim porque a prosa tava boa e longa com o povo da cidade.

Mais vinho, mais risada, mais prosa e depois do show fomos para um bar e conversamos, refletimos, planejamos, questionamos... a vida.

É que quando eu paro pra pensar no quanto estar com pessoas amigas é bom, com chuva, sol, café quentinho, cerveja ou vinho, sinto um privilégio sem tamanho. Eu tenho essa sorte. A sorte de ter amigos fundamentais e em cantos do País (e até fora dele) que me proporcionam conhecer campos de girassol, quermesses inocentes, pessoas genuinamente engraçadas... tenho a sorte de ter uma amiga que se chama Flávia, que senta comigo na sarjeta pra dividir a cerveja, que reflete sobre a vida escorada no muro do botequinho, que me faz café, que me serve quitutes, que me ouve, me entende e que se abre... que me conta situações, pensamento e sentimentos e em seguida me pergunta: "você já passou por isso?" E quando eu digo "claro que sim", ela dá risada aliviada e diz "nossa, então eu sou normal".

Dessa vez conheci a nova agência de propaganda em que ela é sócia (aliás, Kate é uma publicitária criativa de mão mais que cheia!). A sala dela é incrível e a "cara dela": com o Elvis pendurado, potinhos de incenso e miniaturas coloridas. Ouvimos um pouco de Pearl Jam, discutimos o pop e o rock do Biquini Cavadão, o rock do Elvis (que ela ama de paixão), o estilo do Radiohead, falamos (e rachamos de rir) no telefone com nosso amigo queridíssimo e xaropeta Ciro José (que está no Pará ganhando a vida na labuta), tomamos café, demos umas risadas, ela finalizou uns trabalhos e saímos.

Agora é hora de voltar porque um certo dever me chama. Outros amigos também chamam, com programinhas e papos pra lá de delícia.

Mas o tempo em que fiquei aqui foi acolhedor... um descanso pro corpo, um super carinho pra alma e uma vivência cheia de informação e reflexão.

Amo minha irmã, amo dividir com ela, amo a companhia dela, amo a mãe dela, amo os girassóis... amo nossos papos e a fé que temos na vida, nas pessoas... amo o quanto somos sonhadoras de um mundo melhor, mas dessa vez estamos muito mais mulheres "pé no chão" do que nunca e em busca semelhantes de autoconhecimento.

Até a próxima Cordeirópolis! Até amanhã (no telefone), Kate!

                                                       Campo de girassol, em Cascalho
                                                       Campo de girassol, em Cascalho
                                                           Noite do show, no feriado